terça-feira, 25 de março de 2014

Levantamento Ensino de Língua Espanhol/ Contexto Virtual no EB



Conforme publicado anteriormente, o primeiro capítulo de minha monografia será uma contextualização a respeito do ensino de línguas no Exército. Para tal, disponho aqui das obras que irão compor meu embasamento teórico sobre o tema:

"ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NAS FORÇAS ESPECIAIS DO EXÉRCITO:
ANÁLISE DE NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM", de Mauro Ricardo Toniolo Silva. 



"A promoção da aprendizagem significativa nas atividades de expressão escrita do Curso de Idiomas Virtual de Espanhol", de Walace Santos.

DRUMOND ALVES, Sandro Marcio ; MATOS, Doris Cristina Vicente da Silva . O ensino de espanhol para fins específicos na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). In: Luciana Maria Almeida de Freitas et al.. (Org.). Experiências Didáticas: O ensino de espanhol no Brasil. 1ed.Rio de Janeiro: APEERJ, 2013, v. 1, p. 255-268.  

DRUMOND ALVES, Sandro Marcio . As mudanças no ensino/aprendizagem de E/LE na formação do oficialato do Exército brasileiro: Estudo empírico e relatos de experiência na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). In: XIII Congresso Brasileiro de Professores de Espanhol - Integração de Culturas, 2009, João Pessoa. Anais do XIII Congresso Brasileiro de Professores de Espanhol. João Pessoa: Realize Editora, 2009. v. 1.  
MARQUES, A. Repensando a mediação docente no Curso de Idiomas Virtual. 2013 .39 f. Trabalho de Conclusão de Curso (especialização). Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, 2013.

MOTTA, J.  A formação do oficial do exército. Rio de Janeiro: Bibliex,1998

SOARES FILHO, D. ; SANTOS, A. C. ; MENEZES, E. E. D. . Curso de Idiomas a Distancia. Rio de Janeiro: Centro de Estudos de Pessoal, 1996. v. 12.



Portarias que regulamentam o curso:

Portaria 153 SEIAPLEX, de 26 de novembro de 2010.
Portaria  150 DECEX- de 30 de dezembro de 2013. 


Novas turmas, velho problema...

Hoje, novamente relatando os desafios de tentar fornecer o feedback nas atividades de áudio, e com duas novas turmas de cinquenta alunos A1 cada uma, vejo que, de fato, avaliar a oralidade nesse material gravado não será nada fácil. Quais os critérios precisarei elencar em minha correção? O que é relevante para o aluno saber acerca desse material gravado... algo que seja prático, dinâmico...

Como avaliar a pronúncia em um material gravado? E como seria a melhor forma de dar esse feedback na pronúncia "inadequada", se podemos assim dizer?


Desafios...

quinta-feira, 13 de março de 2014

Quando a tecnologia é a única opção.

Hoje, 13 de março de 2104, fizemos a apresentação dos trabalhos da disciplina Formação de professores no Brasil.O texto, com resenha publicada aqui no diário, teve por assunto a questão tecnológica no ELMC,na visão de Paiva (2010)

A autora aborda o texto em quatro eixos: aspectos convergentes e tensionados no ELMC, Formação docente na área tecnológica, ferrramentas colaborativas e o projeto Taba eletrônica , da UFMG, como meio de promover a formação docente na área online do ensino de idiomas ainda na etapa inicial.

Ao longo das apresentações,pude perceber como o assunto já está intrínseco  em meus fazeres diários e a tecnologia é o meio pelo qual desenvolvo minhas atividades docentes. Não posso, conforme  exposto no texto, expressar medo, insegurança ou qualquer outro tipo de receio em relação ao tema :a tecnologia é , aqui, o meu único caminho de interação, o meu único suporte de fazeres pedagógicos, o meu único jeito de ensinar espanhol. A tecnologia é, de fato, a minha única opção.

Trabalhar em uma ambiente virtual e não ter contato físico com os alunos - logo eu, considerada tão afetiva e próxima, instiga-me a criai novas formas de aproximação que, consequentemente, objetivam colaborar com o aprendizado do espanhol como língua adicional. (Garcez, 2009).

Adelante...

sexta-feira, 7 de março de 2014

Retorno às atividades da pós - 2014

Novamente retornando à pós e com o desejo sincero de ser mais disciplinada e manter o blog atualizado e consonante à proposta do professor Antonio. De fato, reinicio hoje e como última promessa de mantê-lo ok!

Sobre os módulos do período: estamos em aulas com o professor Leandro Cristóvão e Flávia Dutra, nas matérias Elementos culturais do ensino de línguas estrangeiras e Letramento, respectivamente. 

As discussões a respeito dos aspectos culturais são bastante profícuas: já abordamos conceitos de cultura (s), falamos sobre Foucault e as formas de construção da verdade/ poder e acabei de fichar um texto sobre a modernidade líquida , de Bauman. Interessante pontuar que o texto de Bauman se encaixa bem em minha atual experiência com a docência virtual: desconstruiu-se o sólido do presencial e novas formas e arranjos se configuraram a partir do tecnológico. Darei mais ênfase a esse tema após o debate em sala. 


Professora Flávia Dutra ainda não iniciou as leituras,mas anseio por saber mais sobre o assunto,visto ser o mesmo bastante ampliado desde as minhas iniciais leituras de Soares (2003).

É isso! 

Resenha do texto de Paiva

Resenha do texto de: PAIVA, Vera. A tecnologia na docência de línguas estrangeiras: convergências e tensões. In: FRADE, Isabel Cristina da Silva et. al. (org.). Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente. Belo Horizonte: Autêntica, 2010, p. 595-613.

            O artigo intitulado “A tecnologia na docência de língua estrangeira, de Paiva (2010) propõe uma discussão acerca das inovações tecnológicas no ensino de línguas estrangeiras; discussão esta posta pela autora no limiar de aspectos convergentes e tensionados. Além disso, o artigo ressalta políticas governamentais de incentivo à inserção tecnológica, apresenta considerações sobre a formação docente e o uso tecnológico e relata experiências sobre o projeto Taba Eletrônica, desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
            No início do texto, Paiva (2010) destaca a importância das tecnologias no cotidiano e os benefícios trazidos pelas mesmas à organização social e à vida cotidiana, com ênfase no fenômeno da convergência midiática, entendida como a junção de múltiplas funções em um único aparelho (p.ex. o celular e o computador), o que acarreta intensa produção de informação (textos) e conhecimento.
            Outro ponto apresentado em relação ao panorama da convergência é a criação de políticas de ampliação do acesso à informação, em que instâncias governamentais estariam imbricadas em favorecer o alcance tecnológico a todos os estratos sociais. A autora cita diversas iniciativas públicas nessa área, a saber: o projeto Enlaces (chileno, iniciado em 1993 e direcionado ao ensino primário e secundário[1] e à capacitação docente), o Word Links (com início em 1997 e financiado pelo Banco Mundial como suporte político à inclusão de alunos e professores) e os de esfera nacional, como a manutenção do banco internacional de objetos educacionais, da UAB, o Portal da CAPES, a biblioteca virtual Domínio Público e o PROINFO. Este último recebe avaliação positiva de Paiva (2010), que expõe dados favoráveis ao investimento tecnológico por parte do Ministério da educação e cultura (MEC).
            Apesar dos supracitados programas objetivarem a utilização das redes técnicas de conhecimento como forma de inclusão social (e alunos, professores e espaços escolarizados são inseridos nesse processo), há, para a autora, ainda que de forma aparente, uma falta de convergência no uso tecnológico pelos docentes; daí a faceta tensionada do tema tecnologia educacional. A teórica elenca fatos que justificam sua posição em encarar a inserção tecnológica no espaço educacional enquanto gesto tensionado por parte do professorado: o desconhecimento, a resistência ao novo, a falta de habilidades em manipular aparelhos eletrônicos, dentre outros de cunho comportamental como a inércia e a preguiça. Contudo, deve-se sublinhar a efemeridade como elemento intrínseco ao tecnológico, motivo no qual parece suscitar a pouca familiaridade dos professores com os usos de novos suportes.
            E por falar no docente: que postura este “ator educacional” deve tomar diante dos new gadgets e do mundo dos megas e micro bytes? Paiva (2010) postula que os professores precisam exibir confiança no uso das tecnologias e evitar a “falácia técnica”. Em outros termos, não se deve atribuir totalmente o sucesso ou o fracasso do ensino-aprendizagem pela presença/ausência tecnológica.
            A respeito da formação docente em língua estrangeira, a autora defende a inclusão do tema tecnologia nas fases iniciais e continuadas dessa etapa e traz a voz de Chapeler (2000:6 apud PAIVA, 2010:562): “os professores de segunda língua hoje precisam ser capazes de escolher, usar e em alguns casos, recusar tecnologias para seus alunos”. Trataremos da afirmação mais adiante. Mesmo que muitas universidades tenham criado núcleos e grupos de pesquisa sobre produção de materiais e ensino de língua “online”, a autora afirma ser ainda muito incipiente o desenvolvimento do conteúdo tecnológico na formação de professores. De fato, como discente de Letras de renomada universidade, vivenciei poucos momentos voltados à produção de material “online”, debruçando mais os esforços em tomar a tecnologia como suporte (uso do youtube, editor de textos, power points) à utilização presencial com os alunos.
            Como política de formação aos “novos tempos”, Paiva (2010:564 apud Healey et.al. 2009:6) apresenta a iniciativa da TESOL e seus parâmetros concernentes à formação docente na área tecnológica, quais sejam: “reconhecer a importância de se integrar à tecnologia no ensino, saber o que se espera deles em termos de conhecimento, habilidades e de implementação de currículo; entender a necessidade de aprendizagem continuada em suas carreiras profissionais; e ser desafiado a alcançar um maior nível de proficiência no uso tecnológico”.
            A fim de colaborar com o conhecimento sobre o uso tecnológico, a autora cita algumas ferramentas interessantes e recomenda a apropriação da tecnologia utilizada pelos alunos de maneira a dirimir lacunas existentes entre o mundo escolar e o mundo ao redor.

Paiva (2010) relata também experiências profícuas a respeito do projeto Taba eletrônica, do qual é coordenadora na UFMG. O referido projeto visa ao desenvolvimento de pesquisas em linguagem e tecnologia, elaboração de materiais didáticos e inovações tecnológicas direcionadas a docentes e discentes. Por fim, conclui que o uso tecnológico se insere no âmbito pedagógico (em especial no ensino de línguas) na tensão e na convergência, urge modificações na formação docente a fim de contemplar os conteúdos tecnológicos e explicita ser o ensino de línguas mediado por computador (doravante ELMC) ainda um processo contínuo de transformações.
Decerto, a questão tecnológica influencia significativamente no cotidiano social. Encurtam-se distâncias, pessoas (separam-se) aproximam-se e realizam-se procedimentos em frações de segundos. E o âmbito educacional, em especial o ensino de línguas estrangeiras, ganha relevância nesse processo. A língua em sua dimensão “real” pode ser acessada em poucos minutos por um “www” e a  (não) comunicação com os “nativos” e a leitura de diferentes materiais podem  (des) auxiliar o professor na empreitada do Ensino de LE.
            Se há por um lado a preocupação em fornecer equipamentos digitais aos espaços educativos, falta por outro a inserção do tema tecnológico na formação dos professores, fato destacado por Paiva (2010) ao longo do texto. Cada vez mais ferramentas tecnológicas são deslocadas de suas utilizações originais e implementadas com objetivos educacionais, assim como a produção de suportes já direcionados a esses objetivos. No entanto, os currículos destinados a formar docentes aparentam certa falta de consonância com o advento tecnológico dos “novos tempos”, se pensamos principalmente na formação inicial docente de LE,e torna-se um tema a ser  contemplado (talvez) numa etapa de formação posterior.[2]  
            É preciso, portanto, observar a tecnologia como aliada ao ensino e não torná-la a única responsável pelo êxito ou insucesso do trabalho docente, fator que evitaria a “falácia técnica”, apontada por Paiva (2010). Atualmente, a substituição dos quadros “negros” (ou brancos) pelos seus correspondentes digitais é motivo mercadológico de atração de alunos por parte de instituições escolares privadas. Outdoors pela cidade podem ser vistos com “frases de efeito”: “adentramos o mundo tecnológico” ou “venha estudar com o quadro interativo”, como se a presença desse instrumento fosse suficiente para promover um ensino qualitativo.  
                Há de se pensar, também, quando o uso tecnológico é único meio de contato com alunos de língua estrangeira [3], situação em que a “falácia tecnológica” ressaltada pelo imaginário de supremacia da máquina tem especial destaque. Certamente que o domínio dos aparatos e softwares é essencial ao professor e corrobora com a aprendizagem da LE. Destaco o uso dos fóruns, das atividades de múltipla escolha interativas, da montagem do glossário e de ferramentas de webconferências promotoras de encontros síncronos presenciais como mediadores vantajosos no percurso do ensino “on line” de línguas. No entanto,  a presença do professor enquanto elemento ativo (e não mero espectador do high tech) no ELMC é de fundamental importância, uma vez que o mesmo aponta os caminhos, sana dúvidas, oferece materiais complementares e fornece feedbacks às produções dos aprendizes.
            Assim sendo, o advento tecnológico urge a presença de disciplinas na formação docente, em que professor possa refletir a respeito de seu uso ou “desuso”: nem sempre todas poderão ser colaborativas ou eficazes, o que ocasiona a “recusa” do professor expressa por Healey et. al. (2009). Uma formação para além da manipulação passiva do high tech e que realmente contribua com o ensino eficaz de LE.






[1] Preferiu-se manter a terminologia proposta por Paiva (2010) de ensino primário e secundário em contraponto a ensino fundamental e médio; termos possivelmente mais próximos das designações dos níveis educacionais em espanhol: primaria e secundaria, visto o projeto ser desenvolvido no Chile.  
[2] A especialização em “Ensino de Línguas Estrangeiras” do CEFET-RJ, destinada a ser um espaço de formação continuada do docente de LE, demonstra apresentar certo interesse em oferecer ao seu público-alvo conhecimentos sobre o uso das novas tecnologias, por incluir em seu currículo o módulo de “Tecnologias no ensino de línguas estrangeiras”, ministrado pela Profª Adriana Ramos, além de suscitar investigações na área, haja vista a disponibilidade de vagas de orientação na linha de pesquisa da docente mencionada.          

[3] Como tutora de espanhol do Curso de idiomas virtual (CIV), destinado aos militares de carreira do Exército Brasileiro, mantenho a interação com os alunos participantes mediada pelas atividades síncronas e assíncronas não presenciais disponíveis no AVEA (ambiente virtual de ensino-aprendizagem) e pela troca de mensagens via correio eletrônico e whatsapp (ferramenta de mensagens “instantâneas” por celular). O único momento presencial do curso é a realização da avaliação somativa,em que os alunos comparecem às organizações militares previamente escolhidas  e prestam provas de compreensão leitora,auditiva e expressão escrita.