quinta-feira, 8 de maio de 2014

Podcast ou gravação de áudio: o fim de uma saga conceitual

Na busca pelo feedback relevante sobre os materiais gravados de meus alunos, por diversas vezes, ao longo da formulação do projeto de pesquisa, não sabia bem como conceituar o material: podcast ou gravação de áudio? Uma saga conceitual....


Vamos às definições encontradas:


"Podcast é o nome dado a uma página, site ou local onde os ficheiros de áudio 
estão disponibilizados para download; podcasting caracteriza-se como o ato de gravar 
ou divulgar os ficheiros na Web e podcaster é o indivíduo que produz, o autor que grava 
e desenvolve os ficheiros no formato de áudio "(Bottentuit Junior & Coutinho, 2007). 

"Podcast é o nome dado ao arquivo de áudio digital, frequentemente em formato MP3 ou AAC (este último pode conter imagens estáticas e links), publicado através de podcasting na internet e atualizado via RSS. Também pode se referir a série de episódios de algum programa quanto à forma em que este é distribuído". (Wikipedia)

 Para nós, podcast é melhor definido como o próprio arquivo de áudio, publicado e disponível 
para download, “um ficheiro áudio digital” (Carvalho, 2010). Nesse sentido, propomos 
nossa discussão em torno do podcast como uma das mais recentes configurações entre 
os formatos sonoros disponíveis na web". (Furtoso e Gomes, 2008)

Apesar da definição de Bottentuit Junior e Coutinho versarem a respeito do podcast como página ou site repositório de arquivos de áudio, seguimos o pensamento de Furtoso e Gomes (2008), no qual aborda que o podcast seria o próprio arquivo de áudio, publicado e disponível para o download do professor. Ainda que a publicação  e distribuição do podcast em nosso locus de pesquisa não seja  de forma massiva e atualizada por um feed RSS¹, o conceito podcast alcança as produções dos alunos: estes  produzem o material e o compartilham com o professor. Há , portanto, um compartilhamento mesmo que de forma unidirecional e, por este argumento, pode-se enquadrar as gravações dos alunos como podcasts. 


¹ Um feed RSS permite a "assinatura" digital a algum conteúdo a ser seguido na rede. Quando há alguma atualização de conteúdo vinculado a uma página.,ocorre, através do feed, um envio de notificação - geralmente por e-mail- ao assinante do conteúdo. 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Wiki- a escrita colaborativa

O curso de especialização Latu Sensu em ensino de línguas estrangeiras do CEFET-RJ, em consonância com as políticas de formação continuada docente, demonstra (e,dessa vez, evito a modalização) um interesse em fornecer subsídios de teor tecnológico aos seus participantes pelo oferecimento da disciplina :  “Tecnologias no ensino de línguas estrangeiras”, ministrado pela Profª Adriana Ramos, além de suscitar investigações na área, haja vista a disponibilidade de vagas de orientação na linha de pesquisa da docente mencionada. (e uma vaga é minhaaaa!!! ;)) . 

A escrita colaborativa (ou wiki) é uma possibilidade de construção coletiva de textos, na qual o professor também pode interagir com essa produção. Na última aula, construímos uma wiki através do site zoho.com/ wiki  e , pelas explicação da professora Adriana, já foi possível pensar na escrita da minha monografia através desse recurso. Os textos são salvos por etapas, ou seja, caso haja uma perda ou um "descuido" na hora de editá-lo, o mesmo pode ser recuperado. 


Interessante,não? 


            

domingo, 4 de maio de 2014

Motivação- Introdução / Justificativa

A pesquisa é a viagem e os pesquisadores os viajantes. De algo que pode ser refutado ou comprovado. Finito ou infinitivo. 

Por que a minha pesquisa? Por que pesquisar gravações de áudio por militares? 

Quem sou eu , Ana, nesse processo todo? 

Nenhuma escolha parece ser intencional. E escolher a oralidade,  num meio militar passa por questões afetivas, sim! Ah! Se o mundo soubesse ,de fato, toda a trajetória de estar aqui... Se as formalidades acadêmicas me permitissem por apenas um momento expressar o verdadeiro impulso e revelar o real recorte da investigação... 
Somente tenho uma coisa a dizer: Obrigada, Deus. Até nas dificuldades o Senhor me mostrou a sua fidelidade.

Agora, entra em cena a Ana acadêmica: 

Como discente da UERJ, vivenciei poucos momentos de teorização acerca da destreza oral e como desenvolvê-la com os alunos. Minha formação foi direcionada mais a compreensão leitora , foco da Universidade. Mas nem por isso a qualifico mal. Nem de longe. A UERJ foi/é um espaço de intensos trabalho e conta com corpo docentes altamente qualificado nas discussões do ELE. 

No entanto, a lacuna a respeito da oralidade ficou. E hoje,eu , enquanto professora , nesse espaço virtual, percebo o quanto preciso ainda me atualizar a respeito do fazer com a questão da destreza oral. Numa guerra, a melhor compreendida (ou a mais necessária ).Os desejos de meus alunos pairam sobre esta. Tê-la, dominá-la, conhecer suas estruturas. O uso , talvez , venha depois. Para a maioria , língua é uma estrutura  que se aprende preenchendo mil "huecos". 

 Interessante ver que a fala se refere a um objeto estratégico comunicativo para um momento de tensão. "É a língua de um possível inimigo, professora". Quantas vezes já não ouvi isso em sala... A célebre afirmação "hablas español?" parece aqui ganhar muita força em minha prática. 

Com isso, tomei por objeto de pesquisa esse material gravado, que, podendo ser conceituado por podcast (ainda que não seja num compartilhamento massivo) , é uma ferramenta auxiliar no processo de desenvolvimento da destreza oral. 

Há de se considerar, aqui, que o podcast gravado pelos alunos não substitui a interação face a face, que aparenta ser profícua na aprendizagem de uma língua estrangeira. Em outros termos, Tomaremos na presente pesquisa o podcast como recurso auxiliar, visto que consideramos a interação oral síncrona um momento indispensável na ensinagem do ELE.